domingo, julho 27, 2008

dois corpos, sem palavras

Percorreu-lhe todo o corpo, primeiro com as pontas dos dedos, sentindo timidamente o toque da sua pele e depois com ambas as mãos, de forma mais intensa, foi acariciando cada pedaço daquela fêmea que perante ele se entregava sem pudores.

Afundou-se no seu ventre, beijando-a e lambendo-a com prazer. Conseguia sentir os seus músculos tremelicando em resposta às suas carícias e o desejo a crescer conforme ela se ia contraindo em pequenos espasmos que acompanhava com gemidos lânguidos. Subiu um pouco para encontrar os seus seios redondos, apetitosos, que o incitavam a continuar, e saboreou lentamente os seus mamilos rijos, sentindo-a cada vez mais quente, cada vez mais louca.

Ela firmava as suas coxas, enlaçando-o como que a pedir mais. As mãos dela procuravam-no agora, para lhe sentir o desejo duro e o embalar numa carícia intensa e ritmada que lhe acelerava a respiração e o faziam querer estar já dentro dela. Desceu mais uma vez, agora para se encaixar no meio daquelas pernas determinadas. Beijou-a, sorveu-a e sentindo-a cada vez mais húmida, foi provando os seus recantos enquanto fincava os dedos nas suas nádegas, aproximando-os ainda mais.

Começou a penetrá-la com os movimentos cadenciados da sua língua gulosa e ela arqueava-se de satisfação, arfando a cada investida e verbalizando todo o seu prazer em exclamações intensas. Recuou um pouco, deixando-a rebolar-se para lhe oferecer os seus quadris e o seu rabo apetitoso, numa visão de puro deleite.

Acamou-se sobre as suas costas e penetrou-a vigorosamente sentindo-a a vibrar a cada estocada. Agarrou-lhe os seios para a sentir ainda mais próxima e continuou dançando dentro dela, ardente e molhada em arroubos compassados que pareciam querer sugá-lo. Ficaram assim os dois até quererem, gozando a agitação dos corpos até à explosão do prazer, o exorcismo das dúvidas e a libertação da alma.

Ofegantes, libertos, plenos e felizes, enroscaram-se suados e deixaram a manhã chegar em silêncio. Não eram necessárias palavras… os seus corpos tinham falado como nunca.

1 comentário:

Unknown disse...

Não foi por falta de vontade que ainda não tinha lido...mas sabes que estas semanas têm sido a loucura. Além do mais, há a leitura e a leitura, pausada, interessada, que nos faz reter as palavras que passam à frente dos olhos e nos leva a dar a conhecer ao autor a alegria e orgulho que sentimos quando resolve enfrentar os seus medos e pudores e mostrar ao mundo, de cara erguida: eu estou aqui e escrevo, sobre a vida, sobre o amor, sobre o que me apetecer e der na real gana.
Bjs
F.

PS: a tua vertente erótica está a ter um feedback muito positivo ;)